Exposição: de 05/12 até 14/12/2014
A Casa da Xiclet Galeria e Residência Artística promove mais uma edição das tradicionais mostras que ironizam os grandes eventos de arte. A 7ª edição da mostra Como Falar de Pessoas que Existem traz obras dos artistas: Mariluci Jung, Robson Araujo, Lilian Pires, Frederico Evaristo, Marcela Thomé, Lucas Rehnman, Matheus Carrera Massabki, Marina Wolff Perin, Fernando Horta, Fabiana Arruda + Individual de Matheus Dvco na Residencia Artística.
Como Falar de Pessoas Que Existem
Exposição: De 05 de dezembro até 14 de dezembro de 2015
Horário de Funcionamento
ter. a sex.; das 14h/20h, sab. e dom.; das 14h/18h.
Endereço
R. Fradique Coutinho, 1855 – Vila Madalena
São Paulo-SP, CEP 05416-012, Brasil
Perto do Metrô Vila Madalena.
- FREDERICO EVARISTO – A Luz que Não Vemos 1, fotografia infravermelha, impressão sobre papel fine arte (Hahnemuhle), 60 X 40, 2013, R$600,00
- FREDERICO EVARISTO – A Luz que Não Vemos 2, fotografia infravermelha, impressão sobre papel fine arte (Hahnemuhle), 40 X 60, 2013, R$600,00
- FREDERICO EVARISTO- A Luz que Não Vemos 3, fotografia infravermelha, impressão sobre papel fine arte (Hahnemuhle), 40 X 60, 2013, R$600,00
- MARILUCI JUNG – Da série “Como Falar de Pessoas que Existem” I,II e III, impressão sobre papel fine arts (5/12), 30 x 40 cm, 2014, R$300,00 (cada)
- MARILUCI JUNG – Da série “Como Falar de Pessoas que Existem” I,II e III, impressão sobre papel fine arts (5/12), 30 x 40 cm, 2014, R$300,00 (cada)
- MARILUCI JUNG- Da série “Como Falar de Pessoas que Existem” I,II e III, impressão sobre papel fine arts (5/12), 30 x 40 cm, 2014, R$300,00 (cada)
- FABIANA ARRUDA Sem Título, tecnica mista, 45 x 30 cm, 2010, R$2.800, Sem Título, tecnica mista, 45 x 30 cm, 2010, R$2.800,
- FABIANA ARRUDA Sem Título, desenho sobre papel, 28 x 38 cm, 2007, R$1.900, Sem Título, desenho sobre papel, 28 x 38 cm, 2007, R$1.900
- FABIANA ARRUDA Sem Título, desenho sobre papel, 20 x 23 cm, 2007, R$700, Sem Título, desenho sobre papel, 233 x 20 cm, 2007, R$700,
- MARCELA THOMÉ,,Preto, acrílica sobre papel de foto, 10 x 15 cm, 2014, R$150,00
- MARCELA THOMÉ, Preto II, acrílica sobre papel de foto, 10 x 15 cm, 2014, R$150,00
- MARCELA THOMÉ – Preto I e II, acrílica sobre papel de foto, 10 x 15 cm,2014, R$150,00 / Self, nanquim sobre impressão em Canson, A4,2014, R$200,00
- LILIAN PIRES- Leão, óleo sobre tela, 1m x 1m, R$3.000,00
- LUCAS REHNMAN Dia 23/dez/2012, caneta sobre cartão, folder de igreja evangélica colado, cantoneiras de plástico e moldura, 24,1 x 34,1 cm (espessura da moldura = 3 cm), 2013, R$1.800,
- MARINA WOLFF PERIN – ANTICLÍNEO 12, composição em aço inox , material: sucatas de aço-inox e solda por resistencia elétrica, 18 x 23 x 50 cm, nov/2011, R$ 400,00
- MARINA WOLFF PERIN – DISOSTÁTICA, composição em aço inox , material: sucatas de aço-inox e solda por resistencia elétrica, 14 x 15 x 70 cm, mai/2014, R$ 1.000,00
- MARINA WOLFF PERIN – TRÍADE, composição em aço inox, material: sucatas de aço-inox e solda por resistencia elétrica, 14 x 27 x 41 cm, jun/2013, R$ 650,00
- FERNANDO HORTA – 50x40cm, nankin preto e nankin vermelho sobre papel Kraft, $ 200,00
- FERNANDO HORTA – 60x44cm, nankin sobre papel Kraft, $ 200,00
- FERNANDO HORTA
- MATHEUS DVCO – MULHER – técnica ninja – 30×40 – 2006 – $500
- MATHEUS DVCO – PESCADOR – técnica ninja – 60×80 – 2007 – $700
- MATHEUS DVCO – QUEM REFLETE – técnica ninja – 60×40 – 2007 – $1200
Comandada pela artista capixaba Adriana Xiclet, a galeria, que também é sua casa, assume caráter controverso e questiona com acidez e bom humoro formato adotado pelas galerias comerciais e pelo circuito artístico.
sobre a 31ª Bienal
“Como falar de coisas que não existem”
O título da bienal por vir é uma falácia…
“Não existe o que não existe”
(RES, texto escrito em 24/06/2014 e publicado no site atelierdocentro.com.br)
“Nada virá do nada”
(Shakespeare, Rei Lear, citado por Bateson no livro “Mente e Natureza – A Unidade Necessária)
Muito já foi especulado acerca do “imaterial” na arte, e numa sociedade de premissas bem positivistas isso é no mínimo curioso. Uma instituição que pretende abordar o imaterial ou espiritual na arte precisaria antes de mais nada se problematizar num grau tão alto que espatifaria enquanto instituição e terminaria sem qualquer resultado, exposição, catálogo, lobby.
Se o não-existente existe, ele só pode então ser algo solapador e que varreria do mapa todo tipo de instituições e gregarismos…
Barthes fala deste termo, muito útil para problematizar instituições – “gregarismo”. Apelar para um título destes é gregário, é querer uma aproximação com a forma do Imaterial (se é que isso existe), mas não com o seu sentido intímo, visando um cacauzinho ali na linha do horizonte… Se quiséssemos ser radicais, é desrespeitar por completo tudo aquilo de que arte realmente se trata.
Mas não queremos ser radicais. A poeira é a poeira e ela passa longe do Imaterial da arte. Arte passa longe do Imaterial da arte. A melhor arte vai conseguir um cheirinho só, esquivo e inconclusivo, do Imaterial da arte. Foi sempre assim no Ocidente, onde há problemas e vontade de solucionar, angústia do pesquisador e ímpeto transcendente.
No Zen a coisa parece ser diferente. No Zen esse papo do que não existe é asneira total.
A arte contemporânea quase hegemônica celebrada pela Instituição não é nem Transcendentalista, nem Imanente (como o chá, o arco e flecha e a jardinagem tradicionais japonesas), mas sociológica – ou seja, gregária, pois se aproxima de outro campo, a Sociologia, para buscar sua legitimação mundana.
Arte ativista no grau mais honesto não poderia ser apresentada pelas Instituições, então arte ativista talvez seja o não-existente dessa estória toda…
A Galeria Casa da Xiclet não é Instituição, não quer apresentar o Imaterial, quer proporcionar espaço informal, declaradamente não-institucional, brasileiro, para manifestações artísticas e estéticas.O estético tudo abarca, então tomemos cerveja no seu pátio, escutemos uns LPs velhos, olhemos os visitantes errantes dessa estranha cidade que é São Paulo (também informal até na sua formalidade! desengonçada mesmo!)
Em “brasileiro” cabe uma nota de rodapé… onde eu estabeleceria contrastes, a la Hélio, entre Cultura Transcendente (Europa), Imanente (Japão Zen), e Brasileira (onde a principal característica não é o transcendentalismo europeu, apesar desse ser forte, mas a informalidade, o improviso, a desenvoltura em lidar com mudanças, incorporar a adversidade na sua chave positiva e até ativa, além, é claro, do esforço empreendido em manter as coisas SEMPRE informais – viva a Antropofagia que sacou isso tudo com tanta antecedência! Viva o Brasil!)
Lucas Rehnman (24 de Julho de 2014)
se você também quer expor, siga o regulçamento
https://casadaxiclet.com/2015-inscricoes-abertas-2/
Online
Email: casadaxiclet@gmail.com
Acompanhe a Casa da Xiclet no Facebook.
E no canal do YouTube.
A galeria fecha entre 14/12/14 e 15/01/15.
filme da ultima exposição: