Acaso
Cada gota. Baldes de
vida visceral.
Livrar-se dos cinco
risos. Gargalhada. Paciência
como consciência
da fonte do que me
ilude. Ajude-me.
Não é comigo. Vaginas
e pênis no magma escondido
debaixo de formigas.
Vomitei. o que é lixo
vem de um espelho
pensando com o controlado
tapo o mar.
Cada pessoa é
uma fonte de espetáculo
gratuito. Não aceita
carnaval. Espantado
morto. Suicidou-se
com o brasil. Tylenol
e luftal.
Abismo sem mundo.
Memória. Cada gota.
É tarde
Destruição segui segui
constrói depois desmorona a vida muito curta pra ser erguida
sempre no chão serei feliz quando for um tijolo voando
rompendo a vidraça sua cara sua esperança
o retorno do sangue pra terra pro barro tijolo desconstrói
floresce uma casa de cacos e estilhaço sempre será
duque barão mendigo ceiam uma pomba morta de sífilis como se fosse
como se fossem eles mesmos na mesa com olhos e pimenta
de volta ao útero pra destruir um pouco a afertilidade humana
quero quero quero quero nada
não são os efeitos colaterais da cocaína deve ser amor.
Eu quero.
Brilha podridão
que gruda no corpo.
Brilha celeste
ó sujeira.
Hoje eu fedo.
Hoje não existe
racional.
Nada nunca existe.
e no entanto existe
o meu coração de
peito aberto. Desprotegido.
Tudo existe.
Mas nada é verdade.
Dilacera vida. Dilacera
viva dilacerante.
Hoje eu quero um
arcanjo da destruição.
Quero desmoronar.
Comer lama e
que me biquem o
cu.
Quero acordar
sem dentes.
Sangrando enquanto
eu canto qualquer
coisa pra te fazer
chorar.
Hoje eu quero
ser costurado
dentro da boca de
um sapo.
Pra eles é o irreal
Fantástico é um olhar
olhando quase de fora
homens sem esperança
habitantes da ignorância
incapazes de compreender
a irrecuperável infância
Mortos vivos rebaixados